Logo

Neurologia

3 minutos de leitura

Esclerose múltipla: conheça essa doença neurológica

Na esclerose múltipla, o sistema imune ataca a membrana que recobre os neurônios. Alguns sintomas são: fadiga, problemas de visão e dificuldades de locomoção.
RS
Dra. Renata Simm - neurologista - -Atualizado em 12/08/2024
esclerose multipla

A esclerose múltipla é uma condição que atinge o sistema nervoso central (que é formado pelo cérebro e pela medula espinhal). Os sintomas são variados – podendo afetar, por exemplo, os movimentos, a sensibilidade e a visão.

É de extrema importância que os pacientes sejam avaliados por um neurologista e recebam um tratamento individualizado.

O que é esclerose múltipla?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica caracterizada pela inflamação da mielina, uma membrana que recobre os neurônios.

Tal condição dificulta a transmissão do impulso nervoso no cérebro e na medula espinhal, prejudicando a comunicação entre o cérebro e o restante do corpo.

O que causa esclerose múltipla?

A inflamação da mielina acontece porque o sistema imunológico não a reconhece enquanto parte do organismo – consequentemente, essa membrana sofre ataques das células de defesa e é destruída. Por isso, a esclerose múltipla é classificada como uma doença autoimune.

Não se sabe exatamente o que leva a essa condição, mas ela é considerada multifatorial, ou seja, resulta de uma combinação de fatores.

Acredita-se que a esclerose múltipla seja mais frequente em pessoas com predisposição genética submetidas a determinados fatores ambientais, como deficiência de vitamina D, infecções virais na infância (pelo vírus Epstein Barr, por exemplo) e obesidade na infância.

Quais são os sintomas de esclerose múltipla?

A esclerose múltipla pode gerar uma gama de sintomas que afetam aspectos motores, sensoriais, cognitivos e visuais. As manifestações são diversas, sendo as mais comuns:

  • Baixa visão;
  • Fraqueza nos membros;
  • Dormência ou formigamento no corpo;
  • Visão dupla;
  • Dificuldade para falar ou engolir;
  • Fadiga;
  • Incontinência urinária;
  • Desequilíbrio;
  • Problema de coordenação dos membros;
  • Tontura.

Vale ressaltar que a gravidade e a duração dessas manifestações variam conforme o caso – bem como a própria ocorrência dos sintomas, que depende da área do sistema nervoso central acometida pela inflamação.

A EM é uma doença crônica que pode se apresentar na forma remitente recorrente ou na forma progressiva. O curso da doença é variável de pessoa para pessoa. Algumas têm surtos leves e infrequentes, enquanto outras experimentam progressão mais rápida e severa.

Agendar Consulta

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da esclerose múltipla é feito a partir da história clínica do paciente e do exame neurológico feito em consulta.

Também são analisados os resultados de exames complementares, como a ressonância magnética e a coleta de líquor cefalorraquidiano (que envolve o cérebro e a medula espinhal e pode ser obtido por meio de uma punção lombar).

Como é feito o tratamento para esclerose múltipla?

Há mais de dez medicamentos aprovados para o tratamento da esclerose múltipla, que atuam no sistema imunológico para que não ocorra o ataque à bainha de mielina.

Entre eles, existem os modificadores da doença, que podem ajudar a reduzir a frequência e a gravidade dos surtos de EM. Já os corticosteroides são usados apenas para tratar surtos agudos de EM. É fundamental que um neurologista avalie individualmente os pacientes para prescrever a melhor opção para cada caso.

Em conjunto com a abordagem medicamentosa, é necessário ter um estilo de vida saudável, adotando medidas como:

  • Praticar atividades físicas regularmente;
  • Manter uma alimentação balanceada;
  • Evitar o consumo de sal em excesso;
  • Cessar o tabagismo;
  • Controlar o peso;
  • Cuidar da saúde mental.

Há ainda outros recursos que podem contribuir para o tratamento. A fisioterapia pode ajudar a melhorar a força, a coordenação e o equilíbrio, enquanto a terapia ocupacional pode auxiliar o paciente a aprender a lidar com os desafios da vida cotidiana com EM.

Esclerose múltipla tem cura?

Não existe cura para esclerose múltipla, mas as abordagens terapêuticas disponíveis são capazes de oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes e manter a doença em remissão.

Qual médico procurar?

O médico neurologista é o responsável por diagnosticar, tratar e acompanhar indivíduos com esclerose múltipla.

Além do neurologista, outros profissionais da saúde podem contribuir para o tratamento da doença (como o terapeuta ocupacional, o psicólogo e o fisioterapeuta), a depender das necessidades de cada paciente.

Agendar Consulta

Escrito por
RS

Dra. Renata Simm

neurologista | -
Escrito por
RS

Dra. Renata Simm

neurologista | -