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Dor no Peito: Saiba quando ir com urgência ao pronto atendimento

A dor no peito pode ser causada por diferentes fatores. Saiba mais sobre as principais causas e quando ir ao hospital.
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Dr. Fabrício Assami Borges - Cardiologista - -Atualizado em 14/05/2024
dor no peito

Dor no peito sempre merece atenção, embora, em grande parte dos casos, seja de pouca gravidade, como problemas musculares, digestivos e de ansiedade. Em outras situações, porém, pode indicar doenças cardiovasculares, a exemplo do infarto agudo do miocárdio. Por isso, sempre que sentir dores ou incômodo, especialmente no tórax, como uma sensação de aperto e por períodos longos, busque atendimento médico para um diagnóstico correto. O tempo é um grande aliado no tratamento de cardiopatias, sobretudo em emergências, quando se verificam casos de um ataque cardíaco.

O Dr. Fabrício Assami Borges, coordenador médico da Unidade de Terapia Intensiva e Unidade Coronária do Hospital Santa Paula, fala sobre o assunto.

Quais os sintomas de ataque cardíaco?

Os sintomas de infarto ou ataque cardíaco, às vezes, podem ser diferentes em mulheres, idosos e diabéticos, mas, de forma geral, o principal indício é dor ou desconforto na região anterior do tórax, como se fosse uma pressão no peito, que normalmente irradia para o braço esquerdo, pescoço ou para as costas, e, mais raramente, para o braço direito. Essa dor e a sensação de aperto no tórax podem durar um tempo prolongado e piorar com o esforço. Conheça aqui mais alguns sinais:

  • sensação de peso ou aperto no peito;
  • suor frio;
  • palidez;
  • dor ou desconforto prolongado e intenso no peito;
  • dor que irradia para as costas, o rosto e os braços;
  • dor no abdome, como uma sensação de gastrite;
  • falta de ar;
  • náusea;
  • sensação de desmaio;
  • em mulheres, diabéticos e idosos, a falta de ar pode ser um sinal comum.

Dor no peito: quando ir ao pronto atendimento?

Ao sentir dores no peito ou na região do tórax, busque um atendimento de pronto atendimento, pois, apesar de, em grande parte dos casos, estarem associadas a fatores de baixa gravidade, não é possível descartar, de imediato, que sejam sinais de algo mais grave, principalmente em pessoas com fatores de risco para doenças do coração como diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, obesidade ou história familiar de infarto. Assim, tais dores podem ser fatais caso não haja atendimento emergencial rápido, como é o caso do infarto, em que o tempo é fator primordial no tratamento. Logo, o diagnóstico deve ser feito por um serviço de medicina especializado.

Dor no peito ao respirar pode indicar problemas no coração?

Segundo o Dr. Fabrício Assami Borges: “Na maioria das ocasiões em que a dor é desencadeada ou piorada pela respiração, pressão em um local específico ou pelo movimento do tórax, a causa não tem relação com o coração.”

O que fazer em caso de suspeita de infarto?

Estar atento aos sinais e ter um atendimento médico o quanto antes faz toda a diferença em caso de infarto. No atendimento da emergência, é possível, de forma rápida, eficaz e segura, determinar a causa da dor e, uma vez sendo relacionada com o coração, iniciar uma sequência de exames e procedimentos que permitam que se restabeleça a circulação sanguínea do coração e que sejam evitados ainda mais danos ao órgão. Veja que medidas tomar numa situação de ataque cardíaco, de acordo com o Dr. Fabrício Assami Borges.

Situações especiais

A dor no peito deve receber uma atenção ainda maior em pessoas que tenham doenças que aumentem o risco de infarto, como os diabéticos, hipertensos, portadores de colesterol elevado, tabagistas, obesos e sedentários, além daqueles com história familiar de infarto.

Naqueles pacientes que já tiveram um infarto, essa preocupação aumenta ainda mais, pois a chance de novo evento é substancialmente maior do que a população geral. Vale ressaltar que, na maioria das vezes, o sintoma – a dor de um novo infarto – tem características muito semelhantes ao quadro anterior, podendo variar na intensidade.

Caso aconteça com uma pessoa próxima:

  • chame imediatamente um atendimento hospitalar;
  • mantenha a pessoa calma;
  • coloque-a em local ventilado, em repouso e com roupas folgadas;
  • não ofereça nenhum líquido ou comida;
  • não ofereça remédios.

Em caso de você ser a vítima de infarto, ligue e chame atendimento médico emergencial. Não se dirija ao hospital em nenhuma hipótese.

O Hospital Santa Paula tem um protocolo rigoroso para atendimento de suspeita de infarto, com equipe de emergencistas e cardiologistas treinados, exames complementares e laboratório de cateterismo disponível 24 horas por dia, sete dias por semana. Além disso, dispomos de uma unidade de terapia intensiva cardiológica pronta para atender desde casos mais simples até de alta complexidade e uma equipe multiprofissional continuamente treinada e pronta para ajudar no diagnóstico, no tratamento, na orientação do paciente e de seus familiares, visando a uma recuperação o mais breve e completa possível.

De acordo com o Dr. Fabrício Assami Borges: “Vale ressaltar que, depois de uma avaliação, o seguimento ambulatorial é fundamental: para aqueles em que o diagnóstico de infarto foi excluído serve para prevenção e controle de fatores de risco como hipertensão, sedentarismo e colesterol alto. Já para aqueles outros em que o infarto foi tratado, nossa missão é proteger o coração para que se recupere melhor e que não aconteça outro evento que, muitas vezes, pode ser devastador.”

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