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Oncologia

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Tumor Filoide: nódulo raro exige cuidado especializado

O tumor filoide é um tipo raro de nódulo mamário que, na maioria dos casos, é benigno e que normalmente surge como uma única ondulação em uma das mamas.
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Equipe Santa Paula - Equipe Santa Paula - Equipe Santa PaulaAtualizado em 06/11/2024
Nódulo na mama: o que é, quais os tipos e quando é preocupante

Artigo escrito por Gustavo Piotto (oncologista) e Marcela Marçal (mastologista)

Na maioria dos casos o tumor é benigno, mas exige atenção imediata

O tumor filoide é um tipo raro de nódulo que representa aproximadamente 1% dos tumores mamários, sendo mais frequente em mulheres entre 40 e 50 anos. Cerca de 70% dos casos são benignos, mas devido à sua raridade, o diagnóstico e o tratamento requerem atenção especializada.

Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.

Tumor Filoide: o que é?

O tumor filoide é um tipo raro de nódulo mamário que, na maioria dos casos, é benigno e que normalmente surge como uma única ondulação em uma das mamas. No entanto, existem variações borderline (intermediárias) e malignas. O tumor filoide se assemelha ao fibroadenoma (tumor benigno e comum nas mamas, composto por tecido glandular e fibroso), mas se diferencia pela maior quantidade de células presentes no nódulo (hipercelularidade).

Diferenças entre um tumor benigno e maligno

A diferença entre um tumor benigno e maligno é determinada por uma avaliação histológica após a remoção do nódulo. As principais características analisadas incluem a atividade mitótica das células (a velocidade com que as células do tumor se dividem e se multiplicam), a contagem celular (a quantidade de células) e as margens do tumor.

O subtipo maligno é raro e suas características histológicas são semelhantes às de lesões sarcomatosas (tumores malignos originados do tecido conjuntivo, como ossos, músculos ou cartilagens), podendo evoluir com metástases.

Fatores de risco para o tumor filoide

Não há fatores de risco claramente estabelecidos para o desenvolvimento do tumor filoide. Porém, ele costuma ser mais comum em mulheres entre 40 e 50 anos, embora possa ocorrer em qualquer faixa etária. Além disso, o histórico de fibroadenomas - tumores benignos da mama que compartilham algumas características com os tumores filoides – pode ter alguma influência, assim como histórico pessoal ou familiar de tumores mamários, no caso das mulheres.

Sintomas do tumor filoide

Os sinais iniciais do tumor filoide incluem geralmente a palpação ou a detecção de um nódulo em exames de imagem. Esse nódulo tende a crescer rapidamente, podendo ultrapassar 5 cm de diâmetro, causando abaulamento (projeção ou saliência anormal na superfície da pele), distorção ou até ulceração na pele (formação de feridas ou lesões abertas na pele).

Qual médico procurar?

Sempre que houver suspeita de nódulos nas mamas, é importante procurar um mastologista, médico especializado no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças das mamas, como câncer, nódulos e infecções. A oncologia também desempenha um papel fundamental no diagnóstico e tratamento de casos mais complexos, como os tumores malignos.

O Hospital Santa Paula foi pioneiro ao criar um prédio exclusivo para pacientes oncológicos, a Dasa Oncologia, oferecendo cuidados completos, desde exames e diagnóstico até tratamento e acompanhamento. A estrutura prioriza o conforto e acolhimento dos pacientes, utilizando tecnologia de ponta, com uma unidade de radioterapia equipada com tecnologia de última geração.

Formas de diagnosticar o tumor filoide

O diagnóstico do tumor filoide pode ser realizado por meio de biópsia com agulha grossa (core biopsy), mas a confirmação definitiva ocorre por meio da remoção do nódulo por meio de cirurgia.

Tratamentos para o tumor filoide

Devido à sua raridade, não há grandes estudos na literatura médica sobre o tratamento, que se baseia principalmente em séries de casos. O tratamento padrão para o tumor filoide maligno é a ressecção cirúrgica (remoção do tumor por meio de cirurgia), com margens de pelo menos 1 cm.

Após a cirurgia, a radioterapia pode ser considerada para tentar reduzir o risco de recidiva local, mas deve ser discutida caso a caso. Já a quimioterapia pré ou pós-operatória não demonstra benefícios significativos e, por isso, não é indicada rotineiramente, sendo reservada para lesões muito grandes (mais de 10 cm) ou recorrentes.

Além disso, a hormonioterapia também não apresenta benefícios, mesmo quando o tumor expressa receptores de estrógeno (proteínas presentes nas células tumorais que, ao se ligarem ao hormônio estrógeno, podem estimular o crescimento do tumor).

Agora, em casos de doença avançada ou metastática, os tratamentos geralmente seguem os esquemas de quimioterapia usados para sarcomas - tipo de câncer que se origina nos tecidos conectivos, como ossos, músculos, cartilagens ou gordura -, e não para o câncer de mama comum.

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