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Hematologia

3 minutos de leitura

Linfoma de Hodgkin: o que é e como tratar?

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer hematológico (ou seja, no sangue) que atinge o sistema linfático.
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Dr. Vinicius Araújo - Hematologista - -Atualizado em 12/08/2024
linfoma de hodgkin

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer hematológico que ocorre nos linfócitos, células que compõem o sistema imunológico do corpo. Um dos primeiros sinais da doença é o aumento dos linfonodos, popularmente conhecidos como gânglios ou ínguas.

Pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma ser mais prevalente em indivíduos jovens; porém, há subtipos que ocorrem com frequência em adultos mais velhos. Veja a seguir quais as principais causas desse tipo de câncer e como ele pode ser tratado.

O que é Linfoma de Hodgkin?

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer hematológico que ocorre nos linfócitos, células que compõem o nosso sistema imunológico. Essas células estão presentes principalmente nos linfonodos e no baço, órgãos que fazem parte do sistema linfático.

É pelo sistema linfático que circula um líquido claro chamado de linfa, que contém diversos glóbulos brancos (as células de defesa do nosso corpo).

No linfoma de Hodgkin, as células cancerígenas mais frequentemente se espalham de forma ordenada, ou seja, de um grupo de linfonodos para outro, por meio dos vasos linfáticos.

Qual é a diferença entre Linfoma de Hodgkin e Linfoma não Hodgkin?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem registro de mais de 60 tipos de linfomas. A doença é dividida em dois grupos principais, de acordo com as suas células de origem: Linfomas de Hodgkin (LH) e Linfomas não Hodgkin (LNH).

Ambas são consideradas doenças distintas, classificadas de acordo com a forma de acometimento das células cancerígenas nos tecidos normais do corpo, visualizados pelo patologista após a biópsia.

O que causa Linfoma de Hodgkin?

Assim como outros tipos de câncer, as causas do Linfoma de Hodgkin não são totalmente conhecidas. Porém, sabe-se que o surgimento da doença envolve uma combinação de questões genéticas, ambientais e imunológicas.

Geralmente, a doença surge quando o linfócito sofre uma mutação e passa a se multiplicar de forma desordenada. Por isso, o risco costuma ser aumentado em pessoas com o sistema imunológico comprometido, como quem tem HIV; e pacientes que fazem uso de drogas imunossupressoras, indicadas para evitar rejeição após transplantes de órgãos, por exemplo.

Em uma boa parcela de casos desse tipo de linfoma, há uma associação com vírus EBV (Epstein-Barr) e HIV.

Quais são os sintomas de Linfoma de Hodgkin?

Os sintomas de linfoma de Hodgkin variam de acordo com a região atingida e se desenvolvem gradualmente. Entre os principais, estão:

  • Inchaço dos gânglios linfáticos, principalmente nas áreas do pescoço, axilas e virilha;
  • Febre persistente e inexplicada;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Fadiga;
  • Dores no corpo;
  • Suor noturno;
  • Infecções frequentes;
  • Tosse ou falta de ar.

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Como é feito o diagnóstico?

O Linfoma de Hodgkin é primeiramente investigado com base na análise médica dos sintomas, exames clínicos, exames laboratoriais e de imagem.

A confirmação do diagnóstico é feita por meio da realização de uma biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido acometido (em geral, dos linfonodos) para análise pelo laboratório de patologia.

Esse procedimento pode ser guiado por ultrassonografia ou tomografia computadorizada. Há ainda a possibilidade de remoção total do linfonodo acometido durante a biópsia.

É fundamental que o indivíduo busque auxílio médico quando surgirem os sintomas para ter um diagnóstico precoce, o que aumenta de forma substancial as chances de cura da doença.

Linfoma de Hodgkin tem cura?

Sim. O linfoma de Hodgkin é considerado um câncer altamente curável se for diagnosticado e tratado de forma precoce.

Como é feito o tratamento?

O tratamento do linfoma de Hodgkin depende do estágio da doença, o subtipo de linfoma e do estado geral de saúde do paciente.

Geralmente, ele envolve uma combinação de sessões de quimioterapia; em alguns casos, pode ser necessária a realização de radioterapia. Na quimioterapia, são administrados medicamentos que visam destruir as células cancerígenas. Já a radioterapia destrói essas células por meio da radiação.

Em alguns casos, quando não há melhora com o tratamento inicial, o transplante de medula óssea também pode ser uma opção de tratamento, mas que depende da avaliação médica.

Qual médico procurar?

Tanto o diagnóstico como o tratamento do Linfoma de Hodgkin são realizados por um médico hematologista.

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Escrito por
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Dr. Vinicius Araújo

Hematologista | -
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