Uma das formas de tratar o quadro é com mudanças no estilo de vida
A síndrome do ovário policístico (SOP) caracteriza-se pela produção excessiva de hormônios masculinos (andrógenos), o que pode levar a irregularidades menstruais, acne, excesso de pelos, entre outros sintomas. O nome "policístico" se refere aos pequenos cistos que se formam nos ovários, mas nem todas as mulheres com SOP apresentam esses cistos.
No Brasil, estima-se que a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) atinja entre 5% e 10% das mulheres em idade reprodutiva. Continue a leitura para saber detalhes dos sintomas, causas e opções de tratamento da condição.
Ovário policístico: o que é?
O ovário policístico é uma condição em que os ovários apresentam múltiplos pequenos cistos, que são folículos não desenvolvidos acumulados na superfície dos ovários. Isso ocorre devido a desequilíbrios hormonais que dificultam a ovulação regular. Pessoas com ovário policístico podem apresentar ciclos menstruais irregulares, aumento de hormônios andrógenos (masculinos), acne, e crescimento de pelos faciais. A condição está relacionada à Síndrome do Ovário Policístico (SOP), mas nem todas as pessoas com ovário policístico desenvolvem a síndrome. Estima-se que 20% das mulheres que fazem ultrassom regularmente apresentem cistos no ovário. Mas a síndrome só é caracterizada quando há taxas elevadas de hormônio masculino no organismo e menstruação irregular.
Síndrome do ovário policístico: o que é?
A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma condição hormonal comum que afeta mulheres, causando desequilíbrios hormonais e problemas metabólicos.
Na SOP, ao menos dois dos três critérios devem estar presentes: aumentos da produção de "hormônios masculinos", menstruação irregular e ovário policístico. Além disso, deve-se excluir outras patologias que possam cursar com sintomas semelhantes.
De forma geral, na SOP há um desequilíbrio hormonal, ocorrendo uma produção excessiva de androgênios, os chamados "hormônios masculinos", que geralmente estão presentes em níveis mais baixos em mulheres. Esse aumento hormonal pode levar ao desenvolvimento de pequenos cistos nos ovários, alterando ou interrompendo o ciclo menstrual. E, em alguns casos, levando à infertilidade.
A SOP ainda pode provocar sintomas como ganho de peso, acne, queda de cabelo e piora na resistência insulínica.
O que causa a síndrome do ovário policístico?
As causas da síndrome do ovário policístico ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, a principal teoria sugere uma origem genética, além de uma possível relação entre a síndrome e resistência à insulina, condição em que as células do corpo respondem menos ao hormônio insulina, dificultando o controle dos níveis de açúcar no sangue.
Quais são os sintomas de ovário policístico?
Os sintomas mais comuns da síndrome do ovário policístico são:
· Menstruação irregular: ciclos espaçados, fluxos intensos ou ausência de menstruação.
· Ovários policísticos: presença de pequenos cistos ao redor de um ou ambos os ovários.
Mas outros sintomas que também podem surgir são:
· Obesidade: ganho de peso e dificuldade para perder gordura.
· Excesso de pelos: aumento de pelos em locais menos comuns, como rosto, peito e costas.
· Acne: aumento da oleosidade da pele, causando espinhas.
· Queda de cabelo ou afinamento dos fios: pode resultar em calvície feminina, especialmente em mulheres com predisposição genética.
· Resistência à insulina: o organismo apresenta dificuldade em processar a insulina adequadamente.
Diagnóstico da síndrome do ovário policístico
Inicialmente, o médico avalia os sintomas relatados pela paciente durante a consulta. O diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico é feito com base em três critérios principais: irregularidade menstrual, níveis elevados de hormônios andrógenos (identificados por exames de sangue ou sintomas como acne e crescimento excessivo de pelos), e a presença de múltiplos cistos nos ovários, observados por ultrassonografia. Para confirmar o diagnóstico, o médico considera pelo menos dois desses critérios, além de excluir outras condições com sintomas semelhantes.
Em seguida, ele pode solicitar exames como ultrassom transvaginal e de sangue para dosagem hormonal para confirmar o diagnóstico.
O diagnóstico precoce e a intervenção adequada são essenciais para melhorar a qualidade de vida das mulheres com a Síndrome do Ovário Policístico. Porém, muitas pacientes passam por um longo período enfrentando sintomas antes de receberem o diagnóstico.
Quem tem a síndrome do ovário policístico pode engravidar?
Sim. A Síndrome do Ovário Policístico pode dificultar uma gravidez devido à irregularidade da ovulação, mas não impede que ela ocorra. Com o tratamento adequado, muitas mulheres com a condição conseguem engravidar.
Formas de tratamento para a síndrome do ovário policístico
O tratamento da Síndrome do Ovário Policístico varia de acordo com os sintomas apresentados e os objetivos de cada paciente. Veja abaixo as principais abordagens:
· Mudanças no estilo de vida: adoção de uma dieta balanceada e aumento da atividade física ajuda no controle do peso e na resistência à insulina.
· Anticoncepcionais hormonais: a prescrição de pílulas anticoncepcionais regulariza os ciclos menstruais e reduzem os níveis de hormônios masculinos, como a testosterona.
· Medicamentos: alguns fármacos bloqueiam os efeitos dos hormônios masculinos para tratar acne e crescimento excessivo de pelos. Já os indutores de ovulação são indicados para mulheres que desejam engravidar.
A síndrome do ovário policístico tem cura?
Não. A síndrome do ovário policístico não possui cura, mas é possível controlá-la por meio das diversas opções de tratamento disponíveis.
Quando procurar por um médico?
É importante procurar um médico quando a mulher apresentar sintomas relacionados à síndrome do ovário policístico, como irregularidades menstruais, aumento de pelos no corpo, acne persistente ou dificuldade para engravidar.
A detecção precoce e o acompanhamento adequado podem ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Na maioria das vezes, o ginecologista é o profissional mais indicado para avaliar a condição, mas um endocrinologista também pode ser consultado, quando houver preocupações relacionadas à resistência à insulina ou problemas hormonais.