Em 90% dos casos, nódulos na tireoide são benignos, mas é preciso ter atenção ao seu surgimento
Com o passar dos anos, é muito comum o desenvolvimento de nódulos na tireoide, principalmente na população feminina. Apesar de o tumor ser benigno na maioria das vezes, em cerca de 8% dos casos em homens e 4% das mulheres, os nódulos podem corresponder a um tumor maligno.
O que é nódulo na tireoide?
A tireoide é uma glândula localizada embaixo da laringe, na base do pescoço, que lembra o formato de uma borboleta e é responsável por produzir e regular um hormônio essencial a várias etapas do metabolismo do corpo.
O nódulo na tireoide é uma massa que se forma no interior da glândula, que pode ser sólida, cística ou mista. Com o passar do tempo, a sua incidência aumenta – por exemplo, a partir dos 50 anos, 50% das mulheres podem ter um nódulo; já as mulheres com 60 anos têm 60% de chance de desenvolver a patologia e as de 70 anos, 70% de possibilidade de ter um nódulo.
Principais sintomas de nódulo na tireoide
Parte significativa dos nódulos na tireoide sequer é percebida, uma vez que não se verificam sintomas. Por isso, estes costumam ser detectados pelo médico em exames de ultrassonografia de rotina. Porém, em alguns casos, eles podem ter crescimento expressivo e tornar-se visíveis ou causar incômodo para engolir alimentos ou até mesmo desconforto para respirar. Raramente são dolorosos.
De acordo com o Dr. Alexandre Bezerra dos Santos, coordenador do Núcleo de Tireoide do Hospital Santa Paula: “Outra razão para o aparecimento de sintomas são os casos de nódulos ditos funcionais, ou seja, aqueles que produzem hormônios tireoidianos em grande quantidade e que fazem o paciente ter os sinais de hipertireoidismo, entre eles: sudorese, perda de apetite, taquicardia, mãos trêmulas etc.”
Até mesmo o câncer, geralmente, não apresenta sinais, só mesmo em casos de um crescimento muito rápido. Nesse cenário, o tumor de tireoide pode gerar rouquidão ou dificuldade para respirar e engolir.
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Nódulo na tireoide engorda?
Como a função da tireoide também é regular o metabolismo e a quantidade de energia que o organismo gasta durante o dia, o ganho e/ou a perda de peso podem também estar associados a alterações do funcionamento da glândula. Dessa forma, o hipertireoidismo tem correlação com o aumento do metabolismo e o hipotireoidismo, com sua diminuição.
E o que isso quer dizer? Significa que a tendência é que pessoas com o metabolismo elevado percam mais peso por gastarem mais calorias e energia ao longo do dia, e as com o metabolismo reduzido tenham acréscimo de peso com mais facilidade.
O Dr. Alexandre Bezerra dos Santos explica: “O hipotireoidismo não é causado pelo nódulo em si, mas por alterações funcionais da glândula como um todo. Em outras palavras, o que faz a pessoa ganhar peso não é a presença do nódulo especificamente.”
É possível o nódulo sumir naturalmente com o tempo?
Em geral, os nódulos apresentam crescimento muito lento, permanecem muitas vezes do mesmo tamanho por anos. Não é comum um nódulo de tireoide apresentar regressão espontânea e sumir sozinho, mas, em um contexto de tireoidite, em que a própria glândula se atrofia, nódulos podem involuir.
Quando procurar um médico?
Segundo o Dr. Alexandre Bezerra dos Santos: “Todo nódulo de tireoide deve ser avaliado por um especialista, a saber: um endocrinologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço. Com base em informações técnicas geradas pelos exames de ultrassonografia, o médico vai decidir ou não a necessidade de biópsia e avaliar se é mandatório um tratamento cirúrgico. Mas na imensa maioria dos casos, os nódulos pequenos, não funcionais e assintomáticos podem ser simplesmente submetidos a acompanhamento ultrassonográfico periódico”, explica o médico.
Núcleo da Tireoide do Hospital Santa Paula
O Núcleo da Tireoide do Hospital Santa Paula reúne todos os médicos relacionados às doenças tiroidianas. Os profissionais que compõe o board discutem os casos e avaliam as melhores formas de tratamento para os pacientes.
O Núcleo da Tireoide é coordenado pelo Dr. Alexandre Bezerra (Endocrinologista, Cirurgião de Cabeça e Pescoço) e pelo Dr. Dalton dos Anjos (Médico Especialista em Medicina Nuclear) e conta também com toda a equipe de radiologia, medicina nuclear, oncologia clínica e endocrinologia do Hospital Santa Paula.
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